terça-feira, 8 de setembro de 2015

A Busca

Sair de casa em Campo Grande-MS para Campos-RJ nessa busca louca gerou grande expectativa em todos que nos conheciam e acompanharam todo o processo. A imprensa foi grande parceira e acho que não teria sido fácil sem ela. Ao chegarmos na rodoviária, lembro-me como se fosse hoje, já estavam a nossa espera para ouvir e publicar a história. 
No outro dia participei de um programa ao vivo, onde contei minha história e fiz um apelo às pessoas que nasceram no mesmo dia e local para que entrassem em contato. E horas depois, para minha surpresa e alegria recebi o telefonema da jornalista Verônica, dizendo que uma moça ligou e queria me conhecer. Então marcaram um encontro para o dia seguinte de manhã. Não sei descrever o que sentimos até chegar a hora deste encontro, pois eu não sabia nada dela. Tive tanto medo de criar uma expectativa e me frustrar. Eu estava muito tensa, não conseguia me sentir animada, pois o medo de não encontrar respostas e sofrer era muito grande. 
E assim, no dia 30 de outubro de 2008, nos levaram para esse encontro. Não sabíamos que mudaria de vez nossas vidas. 
No primeiro momento, todos nervosos, sem graça, entramos e começamos a conversar, a contar como surgiu nossa dúvida, vimos fotos, ela também disse que se achava diferente. Até rimos, e começamos a perceber as semelhanças entre ela e a mãe Eliza. Ana Cláudia e ela eram muito parecidas, não só fisicamente, mas no modo de falar e gesticular. Então começaram a tirar fotos dos rostos colados, e dizer que era ela!! 
Mas os meus pais biológicos tiveram dúvidas com relação a mim, pois num primeiro momento não conseguiram identificar semelhanças. E claro, pensar que poderia haver mais uma família envolvida era desesperador. Então nos ofereceram um exame de DNA, onde todos concordamos em fazer.

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