segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Após a Certeza

Com o resultado em mãos, tomar o próximo passo não foi nada fácil. Difícil saber por onde começar, como procurar e quem procurar... Mas uma coisa eu sabia, queria ir até o fim e encontrar meus laços sanguíneos. Isso gerou uma certa insegurança em meus pais (Eliza e Holmes). Acho que rolou um ciúmes e também o medo da perda. Mas não tinha como saber da história pela metade. Claro que eu também tive medos, afinal eu não sabia nada da outra família: onde viviam, se os encontraria, o sexo da criança trocada comigo, pois na época minha mãe não fez ultrassom para saber o sexo do bebê... Enfim, tantas eram as possibilidades, que eu nem queria pensar muito. Só queria achar um meio de encontrá-los. E conversando com pessoas amigas, advogados, psicólogas, cada pessoa dava uma ideia, e minha ansiedade aumentava. Contratar um detetive? Pedir judicialmente os prontuários dos nascimentos no hospital? E o tempo estava passando. 
Então tivemos a ideia de expor na mídia. Uma forma rápida, de longo alcance e sem custo. Com a ajuda de uma amiga que trabalha na TV fizemos uma matéria contando minha história e pedindo para que entrassem em contato pessoas que nasceram no mesmo dia e local. Primeiramente a reportagem passou no Jornal local. E conforme esperado, não tive nenhum retorno. Afinal era outro Estado. 
No final do mês de setembro de 2008 passou no Jornal com alcance Nacional. E ainda assim, ninguém entrou em contato. Que frustrante!! Mas passados uns dias os repórteres começaram a ligar e pedir para viajarmos para a cidade de origem, pois nos acompanhariam na busca.

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